Resolvi
abrir espaço no blog pra uma das coisas que gosto de fazer em privado, digamos
que seja quase um hobby... Analisar letras de músicas. Começando com uma banda
que gosto muito e que embalou muitos dos meus melhores momentos ;)
Pescador de Ilusões - O Rappa
Se
meus joelhos não doessem mais
Diante
de um bom motivo
Que
me traga fé, que me traga fé
Se
por alguns segundos eu observar
E
só observar
A
isca e o anzol, a isca e o anzol
A
isca e o anzol, a isca e o anzol
Ainda
assim estarei pronto pra comemorar
Se
eu me tornar menos faminto
E
curioso, e curioso
O
mar escuro, é, trará o medo lado a lado
Com
os corais mais coloridos
Valeu
a pena, ê ê
Valeu
a pena, ê ê
Sou
pescador de ilusões
Sou
pescador de ilusões (bis)
Se
eu ousar catar
Na
superfície de qualquer manhã
As
palavras de um livro sem final
Sem
final, sem final, sem final, final
Já ouvi essa música em diversas festas
de formatura. E desconfio que o motivo do seu sucesso nessas ocasiões se deve
principalmente ao refrão - Valeu a pena ê ê... Penso que os formandos a
utilizem para reafirmar os sacrifícios que fizeram pra conquistar o diploma e o
quanto estes valeram a pena no final. (Não me batam pessoas que usaram a música
na formatura, é só uma suposição).
A música trata a meu ver em todas as
suas estrofes sobre religião. Logo no início quando menciona os joelhos e a dor
refere-se à penitência comum na religião cristã de ajoelhar-se ao rezar, ainda nesse trecho menciona fé.
A isca e o anzol são a meu ver
metáforas para “aquele que crê” e os mecanismos que a religião se utiliza para
mantê-lo crendo.
Faminto e curioso representam a busca
pelo conhecimento que seria um mar escuro, por ser desconhecido e tirar o
indivíduo da zona de conforto propiciada pela religião, no entanto quem persiste na busca encontra os corais mais coloridos tornando-se um pescador de
ilusões... Um contraponto ao pescador de homens (Ver Lucas cap. 5 vers. 10-11 e
Mateus cap. 4 vers. 19).
Na ultima estrofe quando ele se refere
a um Livro sem final creio que refere-se a bíblia.
Na minha opinião a música casa
perfeitamente com o momento da formatura, pois a mesma celebra a curiosidade
que permite a aquisição do conhecimento. ;)
E vocês concordam? Discordam? Deixo em
aberto o espaço para todos se manifestarem, inclusive os compositores (vai que
cola! kkk).
:*
Já viu se o Falcão olha?
ResponderExcluirEntão...acho que escreveram essa letra só por escrever, de verdade!
Vc que é inteligente demais e tem uma percepção cognitiva fo#*&
Só acho!
Lindaaaaaaaaa
Pior que pode ser exatamente isso Carol. Lembro que no curso de Gestão de Bibliotecas a bibliotecária instrutora contou que em ocasião de seu divórcio ela leu um livro infantil, nos mostrou a história e as conclusões que ela tirou que a ajudaram a superar a depressão, anos depois ela encontrou o escritor e ele ficou um pouco chocado com essas conclusões. Vou ficar esperando o Falcão e os outros trezentos compositores da música virem comentar kkk Bjs
ExcluirCuidado! Parece uma mensagem cristã mas não é! Deus não é ilusão! É real...
ExcluirEssa música foi composta apenas por Marcelo Yuka.
ExcluirEu sempre tive a impressão de que essa letra estivesse mais ou menos nessa linha que você descreve. Mas tenho divergências com sua leitura. Não vou tentar decifrar o que o autor tentou dizer pois isso está entre ele o espírito, mas àquilo segundo o qual o espírito dos evangelhos me fazem ver. Vou fazer uma análise parte por parte levando em conta a doutrina cristã:
ResponderExcluirSe meus joelhos não doessem mais, diante de um bom motivo que me traga fé;
( desconexão entre realidade ou seja afastamento da verdade divina - Deus é realidade onde nos movemos, nele estamos e nele somos "nosso" eu , que foi dado por ele, pois poderíamos, dentro da criação ser apenas uma pedra, um cachorro ou qualquer outro ser que não tem o logos divino, o livre arbítrio e a consciência do EU SOU.)
Ou seja a fé não é um sedativo contra a realidade, uma ilusão. É o firme fundamento das coisas que não se podem ver. Tudo o que não tem forma mas conceito.
A isca e o anzol é uma metafora perfeita assim como o grão de mostarda e todas as outras parábolas dos evangelhos.
Você pode ver que o ato de fé ( no sentido mais utilitarista ) é uma espécie de inteligência pois gera ideias geniais e simples como um anzol e a possibilidade de enxergar aquilo que não se podia ver antes, um peixe. É uma associação criativa divina, um ato de fé verdadeiro quando o primeiro homem o fez, e um ato de fé secundário quando outros homens viram ele voltar com peixe e copiaram o primeiro homem. Deus fala com atos e coisas. Deus diz haja luz e luz houve. Jesus cura, transforma, apazigua a natureza etc. São dimensões do divino.
O mais faminto do que curioso expressa o pensamento mais materialista do não deixar essa criatividade divina se expressar e tomar lugar na realidade e propiciar ver a totalidade das possibilidades. Esse materialismo, ( e espero que não confunda com consumismo mas sim a ideia da não transcendência que resulta nas ideologias da escassez - historicismo, marxismo, niilismo e toda essa ideologia moderna onde a fé não tem espaço), trás uma visão estreita do futuro,do desconhecido e te previne de experimentar as inúmeras possibilidades da fé.
Jesus quando surge do mar assusta aos seus discípulos, porque vem andando sobre as águas, eles esperavam que ele retornasse em um barco como ele tinha ido. Ou seja o mar escuro, o desconhecido, o futuro trás o medo mas a pessoa que tem fé sabe que existem os corais mais coloridos.
O livro sem final não é Bíblia, definitivamente não. A Bíblia tem começo e fim. O livro sem final é o livro da vida. Tudo o que existe jamais será o nada. O nada não existe em lugar algum a não ser no racionalismo e na artificialidade. O livro sem final você pode ler todo dia dia, o tempo todo e vai estar experimentando a eternidade.
Quanto ao valeu a pena e admissão de que é um pescador de ilusões?
Bem vê se o quão perto o letrista chegou de compreender o que o espírito santo estava lhe dizendo.
Não é ilusão é a própria estrutura da realidade inabarcável e só possível de ser concebida pela fé e portanto resgatada da angústia e restaurada toda a natureza.
Paz.
Eu acho que essa musica quer e que! será possivel fazer sem ter uma recompensa, então alguem e capaz de ajoelhar sem interesse, e se eu observar a isca e o anzol, sem pensar no peixe, e estar feliz sem a prenda! se tornar menos faminto, e a beleza não me confunde, sera que e o mar escuro que e perigoso!Você consegue ler um livro sem saber e tem final feliz? então se voc^faz coisas sem interesse Vale a Pena! ai você e um pescador de ilusões! que e muito bom!
ResponderExcluirParece uma mensagem cristã mas não é! Deus é real e não uma ilusão!
ResponderExcluirAchei interessante sua idéia, mas interpreto a música como uma dissertação sobre a vida. O "bom motivo que me traga fé" seriam as dificuldades que nos testam. A "isca é o anzol" seria o que nos move, nossa motivação. Na terceira estrofe ele fala de superar a impaciência e viver de forma mais leve com as coisas boas e ruins. Já o refrão se refere à busca constante dos sonhos, que é infinita. Ou seja, ele compara a arte de viver com o ato de pescar. Bom, essa é minha interpretação rs.
ResponderExcluirSe meus joelhos não doessem mais...
ResponderExcluirDiante de um bom motivo...
Não precisamos de motivos para que nosso joelhos não doam por que nossas dores já foram levadas. E se doer sempre será por um bom motivo
Aletra desta música penso eu que diz:"entregar a fé ao seu pensamento". O resto, segundo a letra, nada mais nada mesmo do que:..............! OK!!!
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