segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Infâncias

Para de se esconder do pastor. Ele é um homem de Deus. Ele só quer conversar com você coisas da bíblia. Ele mexe na tua pipita? Que menina mentirosa! Tua mãe sabe que tu é mentirosa assim? Também! Tamanho uma menina dessas de 5 anos se sentando no colo de homem. Não levante falso contra o ungido de Deus. Quer ir pro inferno?

Essa menina ta cada dia mais neurótica. Garota para de comer! Você já está da grossura dessa geladeira. Não assista tv! É instrumento do diabo. Vá pra igreja, seja boazinha. Que livros são esses que ela ta lendo? Quem lê demais fica doido sabia? Essa menina é esquisita só vive trancada no quarto se escondendo das visitas.

Por que você não tem amigos?
Já tem 16 anos e não namora? perdedora.

Me disseram que essa menina é BV quem topa uma aposta pra tirar o BV dela?
Essa aí? Essa esquisita nem pagando.

Ela é mudinha, não fala.

Duvido que esse texto seja teu. Não abres a boca pra dizer banana frita. Deve ter pago alguém pra fazer.

Ta emagrecendo... parecendo uma osga, não come nada. Só dente e osso.

Tu é uma preguiçosa. Posso até resumir teu futuro pra ti agora que terminou a escola. Vai passar o resto da vida aqui nessa casa sendo sustentada por ela e ouvindo humilhação. Não tem coragem de trabalhar e homem nem pra subir nos teus peitos. Tu é feia.

Passou no vestibular? Só serve pra dá despesa. Como é que vamos comer e pagar a tua passagem?

Fobia Social? Isso é frescura, antes não existia essas coisas. Modismo pra vender remédio.

Jesus é a cura. 

Por onde anda aquela menina que morava aqui? A que tinha problema?

Se curou. Só falta voltar pra igreja.






segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Soy mujer - Autor desconhecido


Soy mujer y tu eres hombre,
y lo repito soy mujer con mucho orgulho e gracia.
con mucho ritmo,
y has dever que por ser mujer e tu hombre
te respeto y me respetas, te siento y me sientes
te miro e me miras,
con sencillez e dulzura.
Con deseo y amor con pasion y sentimento
soy mujer y por eso,
respetando mi cuerpo
cultivando mi mente
elevando mi espiritu,
te respeto te siento te miro y te amo
a traves de tu piel atraves de tu ojos
tu boca y tu ser.



Autor desconhecido.




terça-feira, 16 de setembro de 2014

Resenha - A casa no Limiar ou A casa do Fim do Mundo - William Hope Hodgson





Sinopse: Tido como um clássico eterno, que vem sendo lido e relido desde a sua primeira publicação em Londres no ano de 1908. ‘A Casa do Fim do Mundo’, de William Hope Hodgson, combina ficção científica, fantasia e terror numa mistura poderosa. Narra a história de um nobre irlandês, o nome nunca é dito, que se isola em uma antiga e estranha mansão, no extremo oeste do país, o chamado Gaeltacht — a região onde todo mundo falava (pelo menos na época em que a história se passa) apenas a língua irlandesa céltica. É leitura obrigatória para os verdadeiros conhecedores do gênero terror – e oferece um passeio fantasmagórico pela linha tênue que delimita fantasia e realidade, viver e sonhar, esperança e morte.

Hoje vim falar sobre um gênero literário que eu particularmente gosto muito – o terror, mais especificamente sobre um autor clássico que infelizmente não tem o mesmo prestígio ofertado a autores do mesmo calibre, sendo quase desconhecido atualmente. Sendo este, William Hope Hodgson. Suas obras tem o toque certo em que o mistério e o terror se mesclam pra criar aquele clima de medo que prende-nos até a última página.
Esse livro em especial narra a história de Lorde Gault um homem já no fim da meia idade e início da velhice que vive com a irmã Mary e seu cão Pepper. Eles mudam-se para uma antiga mansão em uma região remota localizada na costa oeste da Irlanda para um lugarejo chamado Kraighten, a casa é cercada pela superstição local. Dizem as lendas que foi erigida pelo próprio demônio. Informação “corroborada” pelo fato dela ser rodeada por sinistras estátuas, ter um poço aparentemente sem fundo, além do fato (que dá título à obra) de ter sido construída a beira de um enorme abismo.
No entanto o livro inicia muitos anos depois, quando a casa não passa de uma ruína e dois viajantes decidem se aventurar pelo interior da Irlanda e encontram o diário de Lorde Gault perdido nas ruínas da mansão.

[...] —Vem comigo! — ele gritou no meio do barulho. — Vamos dar uma olhada naquilo. Tem algo esquisito nesse lugar, eu sinto isso nos meus ossos.
E ele saiu andando, contornando a borda do abismo que pare­cia uma cratera. Quando nos aproximávamos da novidade, eu vi que não me enganara em minha primeira impressão. Era sem dúvida parte de um edifício arruinado, mas então eu vi que não tinha sido construído à borda do precipício propriamente dita, como eu supusera, mas pregada quase na ponta de uma enorme espora de rocha que se lançava até uns quinze ou vinte metros para dentro do abismo. [...]

A história é narrada em primeira pessoa, utilizando os personagens de um dos viajantes e do próprio Lorde Gault. Cada acontecimento marcante, cada fato antinatural é relatado no diário.
Os livros do Hodgson, apesar de uma qualidade inegável comparáveis a Lovecraft e inspiradores de mestres modernos não são valorizados pelas editoras, sobretudo, no Brasil, reedições então não existem...!

Por isso projetos como do escritor José Geraldo Gouvea são extremamente louváveis e merecem ser celebrados. Ele traduziu o livro por conta própria modernizado expressões e tornado a linguagem acessível contemporaneamente. Li a versão dele e dou meu aval. E ao William Hope Hodgson, apenas... Admiração eterna. <3


Para quem por ventura se interessar segue o link:

sábado, 13 de setembro de 2014

Resenha Eleanor & Park - Rainbow Rowell


ROWELL, Rainbow. Eleanor & Park. São Paulo: Novo Século, 2014. 


Sinopse: Eleanor & Park é engraçado, triste, sarcástico, sincero e, acima de tudo, geek. Os personagens que dão título ao livro são dois jovens vizinhos de dezesseis anos. Park, descendente de coreanos e apaixonado por música e quadrinhos, não chega exatamente a ser popular, mas consegue não ser incomodado pelos colegas de escola. Eleanor, ruiva, sempre vestida com roupas estranhas e “grande” (ela pensa em si própria como gorda), é a filha mais velha de uma problemática família. Os dois se encontram no ônibus escolar todos os dias. Apesar de uma certa relutância no início, começam a conversar, enquanto dividem os quadrinhos de X-Men e Watchmen. E nem a tiração de sarro dos amigos e a desaprovação da família impede que Eleanor e Park se apaixonem, ao som de The Cure e Smiths. Esta é uma história sobre o primeiro amor, sobre como ele é invariavelmente intenso e quase sempre fadado a quebrar corações. Um amor que faz você se sentir desesperado e esperançoso ao mesmo tempo.

Já deixei a adolescência para trás há alguns anos e embora muitos leitores adultos torçam o nariz para os livros YA – jovem adulto - eu ainda os leio eventualmente. Existem YA primorosos, embora não seja o caso da grande maioria, é necessário saber separar o joio do trigo.

Aventuradamente topei com um deles. Eleanor & Park apareceu em minha vida por meio do lançamento de outro livro da autora. O tal lançamento era Fangirl e em breve estreará resenhado por aqui. 

A autora Rainbow Rowell é natural dos EUA, e além dos dois livros citados acima escreveu Attachments, que foi seu livro de estreia.

A história se passa na década de 80 e o livro é repleto, do início ao fim, de citações musicais, trilha sonora perfeita que por si só vale a leitura. Não bastasse isso, temos os protagonistas que dão título a obra.

Eleanor subverte totalmente a futilidade de muita obra destinada à jovens, ela não pertence ao padrão de beleza por assim dizer, ela é uma garota gorda, cita-se várias vezes no livro o quanto é uma Garota Grande. Uma big girl. E ela é mesmo em todos os sentidos. Sofre bullyng na escola por conta do peso e sua família passa por dificuldades financeiras e emocionais. Sua mãe e irmãos vivem à sombra do terror de seu padrasto, um verdadeiro monstro. Ainda assim Eleanor é uma heroína, um exemplo pra vida.


[...] - Você não liga para o que as pessoas pensam de você.
- Tá louco? – ela perguntou. – Eu ligo pro que todo mundo pensa de mim.
- Não dá pra perceber – ele disse. – Você parece tão segura, não importa o que aconteça ao redor. Minha avó diria que você é bem resolvida.
- Por que ela diria isso?
- Porque é assim que ela fala.
- Eu sou é bem confundida – ela disse. – E por que estamos falando de mim? A gente tava falando de você[...] 

Park é um garoto passando pelos problemas típicos de sua idade, busca por identidade, foge dos holofotes, pois tem pra si que o fato de ser “mestiço’ (meio caucasiano meio coreano) já é desabonador o suficiente em uma escola de ensino médio. Apesar de todo seu esforço em não se aproximar de Eleanor, pois a seu ver ela é um alvo ambulante acaba se apaixonando por ela.

A autora tem uma escrita divina, utiliza-se de uma técnica sublime com a narrativa em terceira pessoa estruturada em paralelo, assim sendo, a história é contada por meio dos pontos de vista dos dois protagonistas. O livro é narrado hora por Park hora por Eleanor, alternando as vezes capítulos, as vezes parágrafos e centra-se nos problemas de Eleanor e como o relacionamento deles a ajuda a superá-los.

"[...] Segurar a mão de Eleanor era como segurar uma borboleta, ou um batimento cardíaco. Como segurar algo completo e completamente vivo." (Park).

A história é linda. Sem clichês. Tem um final surpreendente e eu super recomendo MESMO!



Uma das playlists que pipocam pela net baseada no livro. Bjs.


Playlist Eleanor & Park



UPDATE:


DreamWorks Studios Comprou os direitos do livro pro cinema. :)

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Resenha - Entremundos - Neil Gaiman e Michael Reaves

GAIMAN, Neil; REAVES, Michael. Entremundos. Rio de Janeiro: Rocco, 2014.



Ao saber do lançamento desse livro já sabia que ia adquiri-lo tão logo saísse da prensa. Justo motivo do Gaiman ter um lugar de destaque no meu top 10 de autores. Sobre o Michel Reaves só tive boas recomendações. Pra se ter uma ideia, ele trabalhou como roteirista de séries de Sci fi como Star Trek: The Next Generation, Darth Maul: O Caçador das Sombras, além de Caverna do Dragão *-*, assim sendo comprei-o no dia do lançamento.
O livro é o primeiro de uma trilogia que mescla gêneros tendo muito de ficção científica e uma pitada de fantasia e mesmo com toda expectativa (afinal Gaiman é Gaiman) não decepciona.

Conta a história de Joey Harker um garoto que nasceu com a bússola quebrada. Sabe aquelas pessoas que tem muita dificuldade de se locomover sozinhas, vivem se perdendo, completamente incapazes de chegar do ponto a ao b sem desvios involuntários? Pois é, ele é desses.

Um belo dia ele se perde em meio a um trabalho de escola feito em campo. Se dando conta ao retornar para casa que adentrou outra realidade. Outro mundo. Nesse mundo muito parecido com o seu ele também existe, mas é uma garota. Esse é a primeira vez que ele “anda” que é como referem-se no livro sobre sua habilidade.
Com a ajuda de um estranho de máscara prateada ele consegue chegar na Interzona, que é descrita como dobras entre os planos da realidade. Posteriormente ele descobre que é apenas um de muitas versões suas e que todos possuem a mesma habilidade de andar entre os mundos sendo responsáveis pela manutenção do equilíbrio entre magia e ciência, tendo em vista que esse equilíbrio está em perigo devido aos avanços imperialistas de dois mundos rivais. 

As descrições são vívidas e acho que a experiência com cartoons do Michel Reaves dá esse tom tão bacana à estória.
O livro conta com conceitos que a priori deviam ser complicados, emprestados da física quântica, mas que os autores tornam fáceis de assimilar. Não é um livro denso como muitos livros do Gaiman, não incita tanta reflexões como os leitores estão acostumados inclusive em seus livros juvenis como é o caso desse. Mas conquista pela leveza.

A obra faz parte de um projeto que inicialmente se destinou a uma série de TV e levou 10 anos pra se realizar. Fica a dica. Vale a leitura.

Imperdível - Breaking Bad

Yeah! Science bitch!


Se você é uma das poucas pessoas nessa pequena galáxia denominada via láctea que não acompanhou Breaking Bad no seu período usual corra atrás do prejuízo urgente pessoa, pois se existe algo que miraculosamente conseguiu agradar crítica e público é essa série.

O milagre se deve ao primor com que ela foi redigida, produzida e encenada. Sendo assim a história cativa, pois possui uma narrativa inteligente e um desenvolvimento irretocável. Os personagens são tão verossímeis que sentimos suas dores, bem como suas conquistas, torcemos por eles e por hora os odiamos de uma forma tão passional que a série tem sido considerada um fenômeno cultural.

Tudo se deve a familiaridade do drama de Whiter White (o personagem principal) que pode acometer a qualquer um e a todos - Câncer. Ele vive um rotina entediante de professor de química e descobre um dia que tem câncer de pulmão esse é o evento que desencadeia um desvio em seu caminho. 

Seu diagnóstico não é animador, tem em média de 2 anos de vida. Ele possui um filho de 16 anos com paralisia cerebral leve prestes a ir a faculdade, a esposa está grávida. Os gastos com seu tratamento, hipoteca, despesas médicas da gravidez e faculdade do filho ultrapassariam e muito suas receitas financeiras, em suma, partiria e deixaria a família quebrada e com o futuro arruinado. 

Arquiteta, assim, utilizar seus conhecimentos em química. Inspirado nos trabalhos de seu cunhado Hank Schrader policial da Narcóticos idealiza fazer um pé de meia para sua família entrando para o ramo das drogas. Walter decide usar sua mente brilhante e seu talento nato para a química afim de produzir a melhor e mais pura metanfetamina que o mercado já viu. Sem muitos planejamentos, numa situação arriscada afim de obter altos ganhos. Decide para tanto chantagear um ex aluno seu Jesse Pinkman que já atua como traficante e também é um viciado em metanfetamina, entre outras drogas para ajuda-lo nos negócios.


Esse é o roteiro da série mais cultuada dos últimos anos e sem dúvida com o encerramento mais coerente da última década. Durante as 5 temporadas acompanhamos esse cidadão normal Walter White transformar-se em seu álter ego criminoso Heisenberg e a sua derrocada moral de forma inversamente proporcional Jesse cresce enquanto ser humano e amadurece durante esse período. Cada episódio deixa uma mensagem, possui referências mil. Enfim, a série, vale muito, muito a pena.

Curiosidades:

  • Em uma entrevista Vince Gilligan explicou que o termo “breaking bad” é uma expressão do sul dos EUA, similar à “to raise hell”. Para nós brasileiros, seria algo próximo a “chutar o pau da barraca” ou “ligar o foda-se”.
  • A equipe de The Walking Dead auxiliou na cena “Duas Caras” de Gus Fring.
  • O pseudônimo de Walter White, Heisenberg, é uma homenagem a Werner Heisenberg, um famoso físico teórico alemão que recebeu o Prêmio Nobel de Física em 1932.
  • Teoria das Cores - Durante toda a série, a produção teve um trabalho todo especial no que diz respeito as cores. Levando em consideração a Teoria da Cor, que diz que cada cor representa um sentimento ou uma ação, as variações das tonalidades de roupa usada por Walter White no decorrer das cinco temporadas de “Breaking Bad”, definiam o sentimento do personagem no momento (além das roupas, objetos do cenário também tinham cores que representavam o clima da cena).
    O designer John LaRue criou uma paleta que decifra o esquema de cores dos seis principais personagens da série (Walt, Jesse, Hank, Skyler, Marie e Junior) para mostrar como a série vai ficando pesada e sombria à medida em que ela avança.

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Música Analisando a letra - O Rappa - Pescador de Ilusões

Resolvi abrir espaço no blog pra uma das coisas que gosto de fazer em privado, digamos que seja quase um hobby... Analisar letras de músicas. Começando com uma banda que gosto muito e que embalou muitos dos meus melhores momentos ;)

Pescador de Ilusões - O Rappa




Se meus joelhos não doessem mais
Diante de um bom motivo
Que me traga fé, que me traga fé

Se por alguns segundos eu observar
E só observar
A isca e o anzol, a isca e o anzol
A isca e o anzol, a isca e o anzol
Ainda assim estarei pronto pra comemorar
Se eu me tornar menos faminto
E curioso, e curioso
O mar escuro, é, trará o medo lado a lado
Com os corais mais coloridos

Valeu a pena, ê ê
Valeu a pena, ê ê
Sou pescador de ilusões
Sou pescador de ilusões (bis)
Se eu ousar catar
Na superfície de qualquer manhã
As palavras de um livro sem final
Sem final, sem final, sem final, final

Já ouvi essa música em diversas festas de formatura. E desconfio que o motivo do seu sucesso nessas ocasiões se deve principalmente ao refrão - Valeu a pena ê ê... Penso que os formandos a utilizem para reafirmar os sacrifícios que fizeram pra conquistar o diploma e o quanto estes valeram a pena no final. (Não me batam pessoas que usaram a música na formatura, é só uma suposição).

A música trata a meu ver em todas as suas estrofes sobre religião. Logo no início quando menciona os joelhos e a dor refere-se à penitência comum na religião cristã de ajoelhar-se ao rezar, ainda nesse trecho menciona fé.

A isca e o anzol são a meu ver metáforas para “aquele que crê” e os mecanismos que a religião se utiliza para mantê-lo crendo.

Faminto e curioso representam a busca pelo conhecimento que seria um mar escuro, por ser desconhecido e tirar o indivíduo da zona de conforto propiciada pela religião, no entanto quem persiste na busca encontra os corais mais coloridos tornando-se um pescador de ilusões... Um contraponto ao pescador de homens (Ver Lucas cap. 5 vers. 10-11 e Mateus cap. 4 vers. 19).

Na ultima estrofe quando ele se refere a um Livro sem final creio que refere-se a bíblia.

Na minha opinião a música casa perfeitamente com o momento da formatura, pois a mesma celebra a curiosidade que permite a aquisição do conhecimento. ;)

E vocês concordam? Discordam? Deixo em aberto o espaço para todos se manifestarem, inclusive os compositores (vai que cola! kkk).


:*