domingo, 27 de julho de 2014

Lua Nova e Calamidade


Existe um ditado muito antigo que diz que nos menores frascos existem os melhores perfumes. Lua Nova era assim, pequena e impávida, já na maternidade sempre foi a mais ousada das bebês, chorava até arrebentar enquanto não conseguia o que queria. Já em época de escolher profissão decidiu que queria ser comissária de bordo que é como chamam aeromoça hoje em dia e ai de quem dissesse que ela não tinha o “perfil”, tanto fez que conseguiu. E em um belo dia andando lá pras bandas da Amazônia foi que ela conheceu Calamidade. Calamidade sempre fez e aconteceu... Bad boy sim senhor! Era meio que uma mistura de James Jean com Lampião. Diziam até que se a lenda do boto não fosse tão antiga dava pra dizer que o bicho que seduzia as moçoilas havia sido inspirado nele.

Certa tarde os destinos se cruzaram Lua Nova ia em seu calmo e confiante passo rumo a seu quarto de hotel quando Calamidade distraidamente tropeçou nela no alto de seu 1.90. Lua Nova não se fez de rogada e deu-lhe um pisão no pé. Ao que Calamidade indignadamente reclamou para deus e o mundo o absurdo de deixarem crianças soltas em um hotel ainda mais sendo crianças mal educadas. Isso foi à gota d’água pra Lua Nova se interessar em por o metido em seu devido lugar. Pois se existia uma coisa que ela não admitia era que tentassem diminuí-la usando sua estatura. Que era a mesma da Sandy segundo ela.

Só que pela primeira vez na vida Calamidade realmente não fez por mal, pois realmente achou que fosse uma criança. Percebeu seu engano e ficou ponderando se valia a pena se desculpar sem desconfiar da sanha vingativa que havia despertado.
Lua Nova se apresentou de forma fria, porém educada e expôs o acontecido de forma tão lógica que Calamidade não teve saída a não ser se desculpar e pra não perder o costume ele a convidou pra sair à noite. Ela aceitou de bate pronto e ele ficou mais uma vez se achando a ultima coca-cola do deserto.
As 20h00 os dois saíram e foi Lua Nova quem escolheu o programa, foram comer cachorro-quente em frente ao Teatro Amazonas, depois dançaram em uma boate gay e terminaram a noite cada um em sua cama. Bem que Calamidade tentou, mas Lua Nova não estava nem um pouco afim, então fica pra próxima... ou não. Foi o que ela disse a ele na despedida. Assim, Calamidade ficou na vontade e pela primeira vez quebrou a boba regra de não convidar pra sair novamente e muito menos ligar no dia seguinte.

Ele ligou, ela aceitou e eles transaram. E ele continuou ligando, ela continuou aceitando e eles continuaram transando. Até que Lua Nova partiu pra outro destino na sua aventurada vida de comissária de bordo.
Para Calamidade restou apenas lembrar com saudade daquela pequena notável.



3 comentários:

  1. Posso dar minha opinião ?
    *-------------------------------------------*
    Eu ameeeeeeei !!
    Parabénsssss, amiga ! Teu blog é tudo de bom ..
    sempre soube que tu tinha o dom da escrita .. dava pra perceber com todas aquelas palavras difíceis nas avaliações e resenhas de Mary Ferreira, haha !
    Quero meu livro autografado assim que tu lançar, viu ?!
    Bjssss :* Ameei <3

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  2. Com certeza Syni teu exemplar, o de Carol e o de Mau já estão devidamente separados na minha mente haha. Sinsi vai ter que comprar (Brinks) :´) Emocionei. Brigada. Bjs

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  3. Lindaaaaaaaaaaaaa!
    Simplesmente fã e ponto
    S2

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